Uso de pastagem diferida e não diferida no período seco - (2023)

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Pedro Paulo Policiano Publio, Aureliano José Vieira Pires, Franciele de Jesus Conceição, Priscila Coelho Silva Galvão, João Wilian Dias Silva, Êmilly Pereira Luz Ferreira, Mateus Pereira Sousa, Luanna Pereira Pio

Volume: 2 - Issue: 10

Resumo. Objetivou-se com esta revisão, averiguar o uso de pastagem diferida e não diferida, no período seco, como ferramenta para manter o desempenho dos animais ao longo do ano. Em regiões de clima tropical, que englobam a maior parte do território brasileiro, a produção de forragem é caracterizada por dois períodos distintos: das águas e da seca. Essa estacionalidade afeta tanto a produção quanto a qualidade da forragem, resultando em efeitos negativos sobre o desempenho animal e na produção por área. Diante dessas circunstâncias é preciso usar estratégias para minimizar o déficit de forragem durante a estacionalidade, principalmente no período seco do ano. Uma das estratégias é o diferimento de pastagem, prática que incide em não utilizar uma área de pastagem por um determinado período, sendo a primeira técnica de maior facilidade e de grande viabilidade, principalmente pelo baixo custo de implantação. Esse manejo consiste em vedar aproximadamente 40% das áreas de pastagens no início de fevereiro para utilização no mês de maio a julho; e o restante será vedado no início de Março para utilização de Agosto a meados de Outubro. Assim, o uso da pastagem é feito de forma mais eficiente e com melhor valor nutritivo ao longo do período de utilização do pasto diferido. A escolha da espécie forrageira, quanto à época de diferimento e utilização do pasto diferido deve ser analisada em cada caso particular, levando em consideração o conhecimento dos padrões de crescimento e desenvolvimento da planta no ambiente em que se encontra. A redução no período em que o pasto permanece diferido e a realização da adubação com Nitrogênio (N2), são práticas de manejo que podem contribuir para melhorar o valor nutritivo da forragem. O uso tanto da pastagem diferida quanto da não diferida são alternativas viáveis para o período seco. A escolha dos sistemas é dependente das condições climáticas de cada região, do objetivo do produtor e do nível tecnológico da propriedade rural. O desempenho dos animais é limitado durante o período seco, em ambos os sistemas, sendo observado resultados positivos quando a suplementação é utilizada. Quando se optar pelo diferimento, deve-se observar o período do diferimento, a altura inicial do diferimento e o uso da adubação nitrogenada aliado ao diferimento escalonado.

Idioma: Portuguese

Registro: 2023-10-13 09:29:11

https://brazilianjournalofscience.com.br/revista/article/view/365

10.14295/bjs.v2i10.365