Desmundos, a constituição do feminino na obra de Ana Miranda e no filme de Alain Fresnot - (2024)

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Késia Mendes Barbosa Oliveira, Keyla Andrea Santiago Oliveira

Volume: 49 - Issue: 1

Resumo. O artigo em questão, apresentado em um cineclube que permitia o diálogo entre literatura e cinema, desdobra-se em dois momentos. O primeiro analisa de perto a obra literária Desmundo, de Ana Miranda, destacando a constituição do feminino numa experiência do confinamento, o que permite uma reflexão acerca de um dos direitos mais básicos do ser humano, o direito de ir e vir. Mesmo nesse sentido, é possível vislumbrar que a personagem Oribela constitui seu humano-mulher ao mesmo tempo em que conhece o outro, o diferente, na figura do demiurgo Ximeno. Já o segundo momento traça um paralelo entre o livro e a obra cinematográfica, de mesmo nome, do diretor Alain Fresnot, desenhando um quadro mais obscuro para a constituição do feminino da personagem, que se vê, num primeiro momento, rebelde, mas aos poucos conforma-se à situação de prisioneira, alienada de sua liberdade social. Conclui-se que, na fatura das obras, tanto na literária quanto na cinematográfica,desnudam-se aspectos de uma discussão extremamente profícua e atual para os dias de hoje, que nos apresenta, nos pontos de encontro e desencontro, uma riqueza de olhares diante da constituição do feminino da personagem Oribela.

Keywords: Cinema, Literatura, Feminino

Idioma: Portuguese

Registro: 2024-04-28 12:12:44

https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85158